Concerto a Solo
Sérgio Pelágio começou a desenvolver as possibilidades de tocar a solo com Histórias Magnéticas, o seu projeto para a infância. Pequenas composições para guitarra, inspiradas por contos, para serem tocadas com a narração, começaram assim a autonomizar-se do contexto inicial e a mostrar que também podiam ser escutadas independentemente.
FICHA TÉCNICA
Guitarra eléctrica e acústica, loops Sérgio Pelágio
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"A certa altura, o jazz tornou-se a “minha casa” e, embora seja quase sempre aí que as coisas começam para mim - uma certa organização das possibilidades - muitas vezes chego a resultados desconhecidos, o que deve acontecer porque gosto de arriscar, misturar e sou influenciado por mil e uma coisas que não sei. Quando toco sozinho, preparo-me para acompanhar e para transformar no palco o que for acontecendo, num equilíbrio entre o que está interiorizado - o jazz, a improvisação, a música que fiz para dança e algum cinema - e tudo o resto", conta o músico.
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Para além do looper e dos efeitos na guitarra, com que começou este percurso exploratório, Sérgio Pelágio tem vindo a incluir mais máquinas no seu setup. Recorre ao uso do computador, sons pré-gravados, vários gadgets e a uma caixa de ritmos. "Há muito tempo que imaginava uma caixa de ritmos que tocasse variações aleatórias e, finalmente, um jovem inventor inglês lembrou-se de construir uma", afirma.
Interessado desde sempre em métricas menos comuns, passou a ter uma maneira de as experimentar e praticar de uma forma muito mais orgânica e divertida. E foi assim que começou a aparecer muita da música que faz agora e que se tem desenvolvido a acompanhar narrações imaginárias de textos de Edward Snowden, poemas de Emily Dickinson ou contos de Clarice Lispector.
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